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On 04 outubro 2010 0 comentários

A ARQUIDIOCESE DE NATAL vem a público reiterar a sua confiança e o seu compromisso com o SEMINÁRIO DE SÃO PEDRO, e, ao mesmo tempo, manifestar sua indignação acerca das notícias ultimamente divulgadas atingindo essa insigne entidade de formação para o ministério sacerdotal católico, criado há mais de 90 anos. Nesta oportunidade tem a dizer:
  1. O Seminário de São Pedro, como casa de formação para o sacerdócio ministerial, o faz em conformidade com as diretrizes e orientações emanadas pela Igreja Católica Apostólica Romana, consignadas nos documentos e no Direito Canônico, que são de domínio público;
  2. Que nenhum aluno acolhido no referido Seminário desconhece as diretrizes, regras e orientações guiadoras de todo o processo de formação e discernimento exigidos para quem, de livre e espontânea vontade, pretende assumir o sacerdócio ministerial;
  3. Que o reitor, Pe. Antônio Gomes da Silva, e sua equipe de formação, gozam de nossa inteira confiança;
  4. Que, enquanto pastor e guia desta Igreja, tenho como o primeiro dever de nossa solicitude pastoral o cultivo e a formação dos vocacionados;
  5. Que a Igreja, consciente de seu papel na história, e de sua responsabilidade perante o Povo de Deus, a quem, em nome de Jesus Cristo, é chamada a servir, tem o grave dever de, através de suas Casas de Fomação e de seus Formadores, fazer uma seleção notadamente rigorosa dos candidatos ao sacerdócio ministerial;
  1. E, por isto, é consciente de que cada vez mais é necessário oferecer a esses candidatos e educadores uma sempre atualizada formação na dimensão humana, intelectual, espiritual, pastoral e missionária, face aos desafios hodiernos de uma sociedade pluralista em que vivemos;
  2. Que o processo de formação permanente dos seminaristas e educadores deve equacionar um ambiente de paz e confiança mútua capaz de mediar a superação de dificuldades decorrentes das exigências inerentes ao processo dos que facilitam o discernimento vocacional. Isto requer das partes atitudes de humildade e honestidade, amparadas na dócil e confidencial comunhão com as próprias autoridades da Igreja;
  3. Que faz parte do múnus episcopal incentivar reitores e equipes de educadores a ter firmeza quanto à seleção e ao cuidado para com os formandos: é o bem da Igreja e dos próprios jovens que o exige;
  4. Não é demais recordar que a ninguém se atribui o direito ao sacerdócio ministerial pelo simples fato de ingressar no Seminário. Cabe tão somente à Igreja chamá-los, acolhê-los e reconhecer-lhes a Vocação;
  5. Por fim, trazemos à memória quantos homens honrados que, outrora, estudaram no Seminário de São Pedro e que, no presente, servem à sociedade no exercício das mais diversas profissões, enriquecendo-a pelo exemplo de vida fundada nos valores humanos, plasmados nas virtudes divinas que conduzem suas atitudes e ações.
Natal-RN, 01 de outubro de 2010.
DOM MATIAS PATRÍCIO DE MACEDO
Arcebispo Metropolitano de Natal

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